2024/03/19

Prefácio à primeira edição de “Ilações amostrais”.


Prefácio à primeira edição de “Ilações amostrais”.

Curitiba: Carlos Magno Corrêa Dias, 2017.
ISBN: 978-85-88925-31-1.


A poesia poderia ser tomada como a arte que mais propriamente impõe aos homens o confronto entre a efemeridade da criação e a conjunção irrestrita dos sentimentos mais profundos e duradouros.

À poesia é permitido transcender o mundo material para, de forma ilimitada, exteriorizar e potencializar sentimentos ao recorrer à utilização da palavra para propor a singular simbiose entre a imaginação do autor e a do leitor.

A poesia chama ligações do imaginário com o mundo real por meio da atribuição de significados para transcender ao normativo e operar transformações pela criação.

Como um ser vivo, com prerrogativas próprias, a poesia força a realidade existente a se manifestar e obriga o ser pensante a refletir de forma livre e sem subordinação.

Na obra ILAÇÕES AMOSTRAIS é perspectivado corroborar os desígnios referenciados precedentemente para, nas entrelinhas dos versos engendrados, avançar no caminho que leva às relações precípuas entre as ideações particulares e os acontecimentos gerais que condicionam a normalidade do cotidiano usual que, embora insensato ou assustador, é determinante.

ILAÇÕES AMOSTRAIS reúne poesias que contemplam observações presenciadas nos ciclos de individual existência e se propõem contribuir para transcender ou mesmo fazer enxergar realidades não percebidas ou camufladas pelos diversos dogmas do usual os quais compulsivos se mostram nem sempre compulsórios.

As poesias consideradas em ILAÇÕES AMOSTRAIS não se deixam render a esta ou àquela forma literária e são desenvolvidas em derivações distintas que mais estão interessadas em promover o refletir entre o condicionante sensível, o remotamente plausível e o necessário questionável. Não querem as mesmas proclamar dogmas, mas se obrigam resgatar entendimentos ou alvitrar fantasias.

O conteúdo considerado não pretende causar sensações de apreensão, ruptura ou desilusão tais quais os ensaios líricos mais contundentes, apaixonados ou críticos. Não querem, também, promover polêmicas ou suscitar sujeições. Objetivam, porém, provocar possibilidades na contínua busca pela reflexão.

Que os versos a seguir permitam o avolumar de emoções sobre realidades que se desejam por em evidência para o necessário questionamento e a exigida reflexão.

Aos que nos amam incondicionalmente, agradeço o continuado apoio, o intensificado estímulo e a sempre e indispensável presença.

A DEUS, agradeço continuamente.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba, 05/11/2017