2024/03/14

Prefácio à primeira edição de “Visões extemporâneas sobre a realidade”.


Prefácio à primeira edição de “Visões extemporâneas sobre a realidade”.

Curitiba: Carlos Magno Corrêa Dias, 2003.
ISBN 85-88925-04-4.


Pautando-se no pressuposto que mudanças comportamentais são possíveis a partir da alteração de juízos de valor e da instituição de princípios orientadores da vida, sem pretender a instituição de um conjunto de dogmas, é razoável criticar a realidade desumana na qual a humanidade tem sua virtual existência para, em intenção, vislumbrar mudanças necessárias e urgentes.

Assim, uma vez mais, apresenta-se aos leitores material que procura, acima de quaisquer pretensões peremptórias ou simplistas, chamar a atenção para algumas das muitas questões não resolvidas no cotidiano do mundo que nós todos, insistente e apropriadamente – na maioria das vezes, ou fazemos de conta estarem plenamente sanadas ou fingimos desconhecer.

Seguindo linha similar da obra Antinomias ou Realidades?, no presente livro são expostas reflexões (expressas através de poesias) sobre o denominado mundo “real”.

De forma extemporânea, entretanto, o material apresentado obriga-se a alertar sobre incongruências e absurdos que, camuflados com as vestes da normalidade, têm contribuído para o embrutecimento da humanidade.

As reflexões sobre possibilidades e esperanças nascem da necessidade de propor alternativas que venham, senão resolver as questões humanas deixadas de lado pela conveniência do não comprometimento, pelo menos sinalizar que algo está errado e precisa ser corrigido.

Diante da crise de valores por que passa a humanidade, sendo o homem constantemente destruído por conflitos entre os próprios pares, é premente questionar. Porquanto, questionar constitui uma necessidade básica do ser que pensa e que, por pensar, é capaz de vislumbrar novos caminhos a percorrer em busca das soluções.

Permitir-se escravizar em um mundo irreal onde através dos grilhões da irracionalidade se abstém de qualquer responsabilidade é viver virtualmente na realidade e convencer-se, por simples omissão ou conveniência, da não possibilidade de outros mundos possíveis.

Que o conjunto de observações aqui apresentado possa, de um lado, contribuir, efetivamente, para desafogar a alma que se compadece com inúmeras injustiças e desatinos e, por outro, permita, intencionalmente, aliviar a mente que se vê obrigada a coexistir em um mundo nada razoável e muitas vezes insano e/ou alienado.

De outra forma, que as ideias disseminadas nas entrelinhas desse trabalho possibilitem a simples reflexão, permitindo àqueles que tenham acesso ao presente livro entrever novos horizontes ou, antes, reconhecer o mundo caótico, injusto e animalesco onde nos obrigamos a viver para, efetivamente, melhorá-lo.

Como o homem em si não é coisa alguma quando não se relaciona com o próprio homem, devo agradecer aos que fazem parte de minha existência; pois, certamente, sem eles eu próprio não existiria.

Assim, em particular, agradeço aos meus pais José Waldetaro e Cirene Terezinha, pela vida que me deram e por suas orientações.

Agradeço à minha esposa Inês, pelo companheirismo e constante incentivo. Às minhas filhas Mariana Carolina e Juliana Cecília, agradeço o amor e o carinho.

Porém, acima de todos e de tudo, agradeço a DEUS. Sem Sua proteção não estaria eu mais neste mundo e esse trabalho não existiria.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 01/12/2003