2013/01/29

Perplexidades Hodiernas (Hipocrisia).


Do alto da hipocrisia não se enxerga a dignidade.

Carlos Magno Corrêa Dias
29/01/2013

2013/01/27

Dissentir Promulgado por Afluir Relacional.


A arte tem a propriedade da convergência para o pleno divergir.

Carlos Magno Corrêa Dias
27/01/2013

2013/01/26

Acefalia Cultural é uma Constatação.


O conjunto dos acéfalos culturais nunca será vazio.

Carlos Magno Corrêa Dias

26/01/2013

2013/01/25

Uma SEDE para a Belas Artes.


A Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), Instituição Estadual de Ensino Superior fundada em 1948, constitui um dos marcos da Cultura Paranaense e projeta, com excelência e reconhecimento, nosso Estado no Cenário Cultural do Brasil.

Contudo, não possui, até hoje, uma sede para desenvolver adequadamente e amplamente suas atividades. A sede histórica (a qual constitui unidade de interesse de preservação pelo patrimônio histórico), por sua vez, tem solicitado necessários reparos gerais e os problemas estruturais do prédio teriam que ser sanados definitivamente.

Há mais vinte anos é prometida uma sede para esta importantíssima Instituição de Criação Artística do Estado do Paraná. Mas, somente registram-se as “promessas”.

Por uma sede (“adequada”) para o desenvolvimento das diversas e importantes Atividades de Criação da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP) avoco a atenção de todos.

Carlos Magno Corrêa Dias
25/01/2013

2013/01/23

OMC 2013 Integra Legado Cultural Paranaense.


“Música que entra por um ouvido e não sai pelo outro” é o lema da trigésima primeira Oficina de Música de Curitiba (OMC 2013), evento que distribuído entre as fases de Música Erudita e de Música Popular Brasileira vem garantindo sua posição como um dos maiores e mais importantes encontros de música da América Latina.

Com uma programação muito bem pensada, diversificada e de qualidade a edição de 2013 da OMC já é, na minha particular concepção, a mais notável, principalmente, por apresentar na sua parte de Música Erudita momentos memoráveis tais como o espetáculo de encerramento.

Aberta no dia 9 de janeiro de 2013, no Teatro Guaíra, com concerto apresentado pela Camerata Antiqua de Curitiba, o evento iniciou a fase de Música Erudita em grande estilo, quando nos brindou com a execução das obras: Concerto para Trompa Natural e Orquestra número 1 em Ré maior KV 412 e Rondo KV 371 e obras de Wolfang Amadeus Mozart (1756-1791), Concerto número 4 "Concerto à Brasileira" para Violão e Orquestra de Cordas de Radamés Gnattali (1906-1988) e Coronation Anthems – Anthem I – Zadok the priest e Anthem II The king shall rejoice de Georg Fredderich Haendel (1685-1759).

No dia 19 de janeiro, tivemos, no mesmo Teatro Guaíra, a especial apresentação da nossa Orquestra Sinfônica do Paraná e do Coro Mara Campos quando aconteceu o Concerto de Encerramento da parte de Música Erudita. No programa apreciamos as excelentes execuções do Prelúdio de Tristão e Isolda de Richard Wagner (1813-1883), do Concerto para Violino e Orquestra em Ré maior Op. 35 de Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893), bem como, de obras de Carlos Alberto Pinto da Fonseca (1933-2006) e Heitor Vila-Lobos (1887-1959).

Embora, como um todo a apresentação de encerramento tenha sido inolvidável, cabem elogios particulares para o solista Alexander Trostiansky que deu um show de sensibilidade, técnica e talento com seu violino ao executar a obra de Tchaikovsky integrante do programa.

Outra das apresentações que nos chamaram especial atenção foi a do dia 12 de janeiro quando, sob regência de seu maestro titular Osvaldo Ferreira, a nossa excelente Orquestra Sinfônica do Paraná executou obras de Georges Bizet (1838-1875), Rodion Shchedrin (1932) e Sergei Rachmaninoff (1873-1943).

Consolidando sua posição como importante evento mantenedor de nosso legado musical a OMC 2013 merece os aplausos e elogios. Que, ao promover e enriquecer nossa cultura, cada edição da OMC seja sempre melhor que a anterior. Parabéns a todos que nos proporcionam estes espetáculos que valorizam a nossa cultura. Bravi.

Carlos Magno Corrêa Dias
23/01/2013

2013/01/19

LUA, um Rei do POP Brasileiro.


Tomando-se POP com o sentido original de “popular”, não há como deixar de reconhecer que “Lua”, “Gonzagão”, o “Rei do Baião”, o pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989), foi um “Rei do POP” no Brasil.

De 1946 a 1955, foi o artista brasileiro que mais vendeu discos no Brasil, desenhava as próprias roupas, inventava os passos que fazia no palco, foi o primeiro cantor e músico a realizar uma turnê pelo Brasil saindo do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Seu carisma e empatia surpreendiam, mas agora geram saudades.


Como a primeira estrofe de “A Vida de Viajante” (1953), composta por Gonzagão em parceria com Hervé Cordovil (1914-1979), afirma:
“Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.

Embora sejam imprecisas as informações, fala-se em uma discografia com cerca de 200 (duzentos) títulos, mais de 1000 (mil) músicas, diversas parcerias e muitas, muitas apresentações.


Genial instrumentista e sofisticado inventor de melodias e harmonias, Luiz Gonzaga do Nascimento, com sua sanfona e peculiar performance, foi um dos mais importantes e inventivos artistas de toda música popular brasileira que difundiu e tornou conhecido no território nacional (e no mundo) o baião, o xate e o xaxado.


O “Rei Luís do Sertão" nos deixou imortais e antológicas canções tais como Baião, Asa Branca, Siridó, Juazeiro, Baião de Dois, dentre outras tantas.


Carlos Magno Corrêa Dias

19/01/2013

2013/01/16

Barbárie Científica.


Como um troglodita o alienado mastiga o conhecimento e por não conseguir digerí-lo cospe fora o necessário discernimento.

Carlos Magno Corrêa Dias
16/01/2013

2013/01/14

Sofisma Atende Contingência.


Atendendo a pedidos, republico, na sequência, “SOFISMA”, o qual foi originalmente publicado nos meus livros “Tautologias em Razões Contraválidas” (ISBN 85-88925-06-0), de 2004, e em “Contingências” (ISBN: 85-88925-09-5), de 2005.

Sofisma


Interminável procissão dos humilhados
Desfila diante de infindável absurdo.
Horror alucinatório acomete os desgraçados
Em um mundo apenas cego, mudo e surdo.

A desesperança em massa e sistematizada
Garante o genocídio proposto pela indústria da sorte
Que vende a enganosa propaganda autorizada
Para sobreviver ao triunfo da morte.

A realidade reconciliável com a contradição
Dissemina sonhos fantásticos
Que pouco perceptíveis em sua construção
Geram os sofismas em atos apenas fanáticos.

Festejam na realidade: a fome e a fartura.
A falta de remorso consolida a crueldade.
Mostram-se amigas: a beleza e a feiúra.
Inimigos mortais disputam a fraternidade.

A riqueza enaltece as virtudes da miséria.
A alegria compadece-se com a tristeza.
O grotesco é motivo de pilhéria.
Destrói-se o mundo, mas procura-se salvar a natureza.

O horror da guerra é mantido para se atingir a paz.
O homem fere ou mata seu próprio irmão.
Ao futuro se lança sem se olhar para trás.
O progresso surge em meio à destruição.

A ilusão domina a realidade
Com falsa verdade paradoxal.
O virtual concede à verdade
A fantasia do conveniente real.

Interessante contradição ufana
Permeia a tautologia do ser ou não ser.
Pois, paradoxos da existência humana
Emergem em antinomias em cada alvorecer.

Se a verdade não é relativa,
A contradição não é um fato.
Se a vida é um fato e não há outra alternativa,
A vida é uma contradição de fato.
 
Se tautológica é a disjunção entre razão e irracional,
Contraválido é o nada que o tudo não pode expressar.
Assim, passível habitante do mundo intencional
O ser esconde-se em paradoxos para não desatinar.

Mas, se a vida não é de fato uma ilusão,
A contradição é a única prerrogativa.
A vida passa a ser mera contradição
Quando a verdade torna-se apenas relativa.

Carlos Magno Corrêa Dias
14/01/2013

2013/01/08

Espetáculos Ilógicos de Natural Incompreensão.


Dramatizando a tragédia da diferença é impossível encenar a comédia da igualdade.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 08/01/2013

2013/01/02

Em 2012 a Ciência Contabilizou uma Grande Perda.


Em Roma, ao apagar das luzes de 2012, no dia 30 de dezembro, faleceu, aos 103 (cento e três) anos, a cientista Rita Levi-Montalcini (1909-2012), a primeira mulher italiana galardoada com um Nobel científico e a primeira cientista a ser admitida na Academia Pontifícia de Ciências.

Em 1986, Rita Levi-Montalcini recebeu o Prêmio Nobel de Medicina como co-descobridora de importante proteína para o crescimento, manutenção e sobrevivência dos neurônios, conhecido como Fator de Crescimento NGF (Nerve Growth Factor).

Com a morte da “grande DAMA DA CIÊNCIA” o Mundo Científico ficou mais fraco em seu “CORPO” e o Mundo Real perdeu parte de sua “MENTE”.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 02/01/2013

2013/01/01

Compromisso com a Vida é Solicitado no Início de um Novo Ciclo.


Desde 1968 a humanidade tem celebrado no dia primeiro de cada ano civil o DIA MUNDIAL DA PAZ. Tal data foi proposta pelo Papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (1897–1978), o Papa Peregrino, o primeiro Papa a visitar os cinco continentes e aquele que reconhecia ser a PAZ um bem primário e necessário do homem.

Em sua mensagem propondo o DIA MUNDIAL DA PAZ, o Papa Paulo VI proclamou: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".

Há de se observar, entretanto, que, embora a proposição tenha sido feita por um Papa, não havia na ideia original pretensão exclusivamente religiosa. Foi objetivado que o mundo civil compartilhasse a proposta na esperança de promover o consenso universal sobre a necessidade de se assumir o compromisso da PAZ na vida humana.

Assim, entendida como um compromisso com a vida, a PAZ deve ser defendida e compartilhada em todas as dimensões para garantir o equilíbrio, a compreensão das diferenças e a vontade de um mundo melhor centrado em relações mais justas e fraternas entre os homens.

Que pela PAZ possamos defender, promover e celebrar a VIDA humana na sua integridade e em todas as suas possibilidades. Que possamos compreender a PAZ como elo que une Verdade, Justiça, Razão e Liberdade e aí praticá-la com a devida intensidade para um mundo melhor.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 01/01/2013