Em dada
oportunidade, quando discussões eram travadas sobre a lógica envolvida no
movimento rock e sobre seus adeptos, questionava-se quando, de fato, um tal
movimento teria surgido e qual teria sido aquele o melhor representante.
Imediatamente,
sem receio de errar, para espanto dos interlocutores, afirmei categoricamente
que o movimento sempre existiu e que o melhor representante não poderia ser
outro senão: Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus
Mozart.
É isto mesmo, insisti: WOLFGANG AMADEUS MOZART. Os dois primeiros nomes ele não utilizava. Theophilus na versão latina é Amadeus. Na forma germânica Wolfgang substitui a forma latina Wolfgangus. Até na seleção do próprio nome Mozart deixou transparecer inconformidade com os padrões comuns impostos pelos conceitos que quando não compulsórios cedem lugar aos domínios compulsivos.
É isto mesmo, insisti: WOLFGANG AMADEUS MOZART. Os dois primeiros nomes ele não utilizava. Theophilus na versão latina é Amadeus. Na forma germânica Wolfgang substitui a forma latina Wolfgangus. Até na seleção do próprio nome Mozart deixou transparecer inconformidade com os padrões comuns impostos pelos conceitos que quando não compulsórios cedem lugar aos domínios compulsivos.
A
semântica e a sintaxe das linguagens cultas nos fazem, em geral, distanciar das
realidades e nos impõem interpretações que muito podem nos enganar.
Embora
o vocábulo ROCK (rocha, fundamento) seja utilizado como termo abrangente para
conceituar o gênero musical desenvolvido durante e após a década de 1950, os
ROQUEIROS (artistas insurgentes que questionam os padrões combinando sons e
silêncio em dada organização ao longo do tempo) povoam a Terra desde o
surgimento da música. E, neste sentido, dentre eles, Mozart é um especial
representante.
Ouvindo
“Rondo Alla Turca” ou popularmente “Marcha Turca” (III. Alla Turca - Allegretto
in A minor), o terceiro movimento da Sonata para Piano No. 11 in A major, K.
331, composta por Mozart (por volta de 1793), por exemplo, talvez não se
perceba a intenção referenciada. Contudo, apreciando a peça completa (com os
seus três movimentos: 1. Andante, 2. Menuetto, 3. Allegretto) já se poderia
conjeturar sobre a tese levantada.
Mas,
é o conjunto da obra de Mozart que lhe dá o status atribuído neste contexto,
pois a briga implícita com o comum o diferencia. Porém, inevitável ou inexoravelmente,
em qualquer aproximação, estaremos, também, diante dos sempre conceitos.
Apenas
em sentido lato, evidências contingentes não permitiriam dissociação estrita entre o aspecto subjetivo provocado
pelos conceitos atemporais envolvidos no confronto sugerido entre roqueiro
(questionador do fundamento) e rock (o próprio fundamento). Assim,
transcendendo posições de parcialidade, considere os Concertos para Violino 1,
2 e 3 de Mozart, como exemplos contrapositivos agregados ao posicionamento
precedentemente assumido.
Carlos Magno
Corrêa Dias
Curitiba-PR, 27/04/2012